Análise Crítica sobre o texto “Da cultura das mídias à cibercultura” (Lúcia Santaella) – Cultura das Mídias e Cultura Digital
Segundo a autora Lúcia Santaella, em sua obra “Da cultura das mídias à cibercultura: o advento do pós-humano”, é possível dividir as eras culturais em seis tipos de formações: a cultura oral, a cultura escrita, a cultura impressa, a cultura de massas, a cultura das mídias e a cultura digital.
Antes de iniciar qualquer reflexão, é necessário ressaltar que mídias são meios, e meios, como o próprio nome diz, são simplesmente meios, isto é, suportes materiais, canais físicos nos quais as linguagens se corporificam e através dos quais transitam.”
A transição de uma cultura para outra implica não só em novos suportes comunicacionais, mas no conteúdo das mensagens em circulação e na percepção humana. No início dos anos 80, uma mescla de meios e linguagens acabaram resultando em mídias híbridas que mudam a forma de consumo (os elementos de uma nova formação cultural também são constituídos por meios de formações anteriores), fazendo com que o consumo em massa seja segmentado em nichos específicos.
A Cultura Digital tem como característica uma maior fragmentação, resultado de uma busca individualizada pela informação. A Cultura Digital permite a expansão do potencial das mídias, direcionando assim a mensagem para a diversificação, segmentação e hibridização, provocada pela miscigenação dos meios. Um exemplo que pode ser relacionado neste contexto é o mundo de “Matrix”, onde toda história da série foi dividido em diversos meios, como três filmes (“The Matrix”, “The Matrix Reloaded”, “The Matrix Revolutions”) uma animação (“The Animatrix”), dois jogos de videogame (“Enter The Matrix” e “The Matrix: Path of Neo”), histórias em quadrinhos (“The Matrix Comics”).