Análise crítica determinantes sociais da saúde
A distribuição de renda influência diretamente na saúde e qualidade de vida da sociedade. A falta de infraestrutura e do saneamento ambiental facilita a proliferação das doenças que estão associadas ao abastecimento e tratamento deficiente de água, condições precárias de moradia, falta ou ineficiência de esgoto sanitário. Dessa forma, o risco de um indivíduo adquirir diversas patologias depende, na maioria das vezes, da posição econômica que ele ocupa na sociedade, ou seja, o agente patogênico irá provavelmente infectar mais facilmente um organismo debilitado por carências nutricionais, do que num indivíduo bem nutrido. As possibilidades de tratamento para um indivíduo de maior poder aquisitivo são maiores, por poder pagar planos de saúde, tratamentos particulares, especializados facilitando o controle e a cura da doença. A falta de água tratada e redes de esgotos são frequentes nas comunidades de baixa renda, facilitando a disseminação de diversas patogenias principalmente as enteroparasitoses e helmintoses como amebíase, giardíase, ascaridíase e ancilostomose. As moradias precárias fornecem condições ideais para a proliferação de vetores de doenças como a doença de Chagas por exemplo. Insetos como moscas, baratas também favorecem a disseminação de vários agentes patógenos. Os mosquitos desenvolvem-se em águas paradas e são vetores que transmitem doenças como a Malária e filariose. A esquistossomose é adquirida a partir de contato da pele com águas onde se encontram caramujos que foram contaminados por ovos do Schistossoma manssoni. A falta de higiene pessoal também é um forte condicionante para a contaminação por ovos de diversos parasitas como os oxiúros por exemplo.
Essas doenças são denominadas “doenças da pobreza” e diante deste cenário, fica caracterizado que o estado de saúde de uma comunidade está intimamente ligado as condições de vida ali presentes. Evidentemente a