Análise crítica de Orgulho e Peconceito
É amor à primeira vista. Quando se depara com Orgulho e Preconceito, percebe-se a magnitude dessa grande obra. Jane Austen, conquista leitores há mais de 200 anos e, sua fama, não é creditada somente por ser uma escritora excepcional, mas pelo fato de concretizar o passado no tempo futuro. É espetacular como os leitores se envolvem em sua narrativa, é descomunal a faculdade que Austen encontra para exprimir em poucas palavras os sentimentos de seus personagens. Paixões arrebatadoras, mortes em duelos ou tristeza perene não são características de Orgulho e Preconceito. Os sentimentos tácitos de seus personagens não duram para sempre e não há um antagonista que seja mal o suficiente para atrapalhar ou estragar a vida de seus personagens. O tempo que se passa a história é o final do século XVIII, caracterizado por transformações políticas, econômicas e filosóficas. O espaço é a área rural da Inglaterra. O foco narrativo é em 3ª pessoa e o narrador onisciente. Elizabeth, a protagonista, figura dotada de agudeza de sentimentos e de espírito tão vivaz mostra seu caráter complexo criticando muitas vezes a sociedade que naquela época não enxergava o interior de cada indivíduo. Sua família é constituída de todos os gêneros possíveis, cada membro possui uma característica que os difere dos demais personagens. O pai, Mr. Bennet se esconde nos livros de sua biblioteca para fugir da realidade em que vive, sem filhos, a propriedade destinada a um pastor, Mr. Collins, e cinco filhas, três das quais consideradas tolas e uma preferida Elizabeth. A mãe, Mrs. Bennet que só tem um objetivo na vida, casar todas as suas filhas e é incapaz de se preocupar com os verdadeiros sentimentos dessas. Lydia, a filha caçula, de espírito leviano, volúvel e ignorante causa problemas a família no decorrer da história por fugir e casar com Mr. Wickham, homem atraente, porém sem escrúpulos e irresponsável, considerado o antagonista da história por seu