ANÁLISE CRITICA DO FILME CRASH NO LIMITE
Paul Haggis (2004) diretor e roteirista do filme Crash – no limite, divulga seu filme com a frase "Você pensa que conhece a si mesmo. Você não faz idéia".
Essa frase de divulgação do filme, é bem evidente no decorrer das histórias que se entrelaçam entre os vários núcleos dramáticos compostos por personagens de diferentes etnias, raças e padrões sociais vivendo em uma mesma cidade, Los Angeles nos Estados Unidos.
Diversos personagens sem aparente conexão no início do filme, constroem uma trama que envolve situações de etnocentrismo e relativismo cultural. Logo no início do filme durante um acidente, uma mexicana e uma chinesa discutem sobre quem teria causado o acidente e usam a etnia uma da outra para proferirem ofensas.
O mesmo acontece quando um homem persa é confundido com mulçumano e é chamado pelo nome do terrorista Osama Bin Laden que foi apontado como culpado pelo ataque nas torres gêmeas nos Estados Unidos. Com esse tipo de ofensa, o vendedor americano se colocou no topo de uma hierarquia evolutiva, engrandecendo os seus próprios valores e colocando em dúvida os valores do homem persa que estava interessado em comprar a arma.
Rocha (p. 5) esclarece que “A diferença é ameaçadora porque fere nossa própria identidade cultural”
Da mesma forma que a família persa sofre preconceitos étnicos, confundidos constantemente não apenas com outras etnias, mas também sofrem um tipo de estereótipo devido ao terrorismo, demonstram um comportamento negativo em relação ao chaveiro latino que insiste para que o comerciante persa arrume a porta, comportamento esse que a personagem rica interpretada pela atriz Sandra Bullock, também demonstra pelo mesmo chaveiro latino que é chamado para trocar a fechadura da porta da sua casa após ela e seu marido sofrerem um assalto. Muitas vezes seja por exposição da mídia ou por algum tipo de experiência, comportamentos negativos em relação àquilo que é considerado diferente por um