Análise comparativa filme a vila x o mito da caverna

Há certas comparações que nos levam a refletir, analisar, pensar, concordar, discordar ou simplesmente nos calar. Depende do ponto de vista que cada pessoa tem. O mais importante é que somos indivíduos, ou seja, seres pensantes e racionais, capazes de reflexões e análises que nos levam a lugares imagináveis, inimagináveis ou inabitáveis, dando-lhes, vida, cores, sabores, emoções, ou melhor, somos capazes de criar e recriar o nosso próprio mundo seja ele feito de aparências ou simplesmente de ideias. O Mito da Caverna de Platão, assim como o filme A Vila (escrito e dirigido por M.Night Shyamalan, estrelado por Joaquin Phoenix, William Hurt e Sigourney Weaver), leva a uma analise crítica de que certos indivíduos preferem acreditar no mundo em que lhes são apresentados, ou seja, naquilo que ouve e vê desde o momento da sua existência como ser humano. A percepção que tem do mundo não é uma escolha necessariamente ou exclusivamente feita pelo indivíduo e sim um cenário de mundo que é construído por seus antecedentes. Porém, com o passar do tempo, alguns indivíduos são capazes de aguçar a percepção e perceber que existem outros mundos, completamente diferentes e que vale a pena ser explorado.
A Caverna relata a vida de indivíduos que habitaram durante toda sua infância e vida adulta em um lugar subterrâneo, acorrentados e imóveis, tendo apenas como privilegio a visão de sombras de pessoas e objetos que eram refletidos sobre a parede da caverna, iluminada apenas pela chama de uma fogueira. Logo, para aquelas pessoas aquilo que eles viam era a verdade absoluta de mundo existente. O mundo poderia ser explicado apenas por um ângulo; tudo era apenas de uma só cor; havia apenas uma forma de ver as coisas; não havia nada que poderia ser questionado, julgado ou modificado; tudo era perfeito, a claridade sempre era a mesma, não existia oscilação, dia e noite possuía a mesma dicotomia.
Com os jovens da Vila não foi diferente. Apesar de não viverem com correntes sobre os pés,