Análise comparativa das respostas cardiovasculares em usuários e não usuários de esteroides androgênicos anabolizantes submetidos ao teste de esforço máximo
Alex Souto Maior1-2, Rodrigo Dall'Aqua3, Luciano Ribeiro3, André Rosa3 1- Laboratório de Eletrofisiologia Cardíaca – Universidade Federal do Rio de Janeiro (IBCCF-UFRJ). 2- Departamento de Biomedicina – Universidade Plínio Leite (Niterói-RJ). 3- Programa de pós-graduação lato sensu em treinamento de força – Universidade Gama Filho.
Tema: Pesquisa e Pós-Graduação em Educação Física e Esporte
Introdução
O treinamento físico regular de alta intensidade produz alterações adaptativas no tamanho, forma e função do coração, caracterizando o que se denomina “coração de atleta”. A massa do ventrículo esquerdo pode ser até 45% maior em corações de atletas competitivos, comparada à de indivíduos sedentários (Basilico, 1999; Maron, 1986; Pluim et al., 2000), ou seja, o incremento da parede cardíaca é uma adaptação da elevação intermitente dos níveis de pressão sangüínea durante o treinamento de força (Effron, 1989). O padrão e a magnitude das alterações na estrutura cardíaca podem diferir de acordo com a natureza da atividade física, isto é, dinâmica ou estática (Maron & Pelliccia, 2006). Na atividade física dinâmica, a sobrecarga de volume produz um remodelamento cardíaco caracterizado por manter inalterada a relação entre a espessura da parede e o raio da câmara ventricular esquerda (hipertrofia excêntrica) (Maron & Pelliccia, 2006; Pluim et al, 2000). Por outro lado, os exercícios estáticos geram uma sobrecarga de pressão que induz um remodelamento com aumento significativo na relação entre a espessura da parede e o raio da câmara ventricular (hipertrofia concêntrica) (Pluim et al, 2000; Stolt et al., 1999).
Essas alterações morfológicas induzidas pelo treinamento estão relacionadas às respostas fisiológicas adaptativas, dinâmicas e reversíveis, estando associado às funções