Antigo regime
Entre os séculos XVII e XVIII, a Europa encontrava-se poucoavançada relativamente à tecnologia que, consequentemente, afectaa agricultura. O número de homens aumenta, a população cresce emépocas de prosperidade, mas diminui em períodos de recessão.No século XVII fez-se sentir uma crise económica, política e social.Foi um tempo marcado pela fome, pela doença e pela guerra, quetornou a morte mais frequente e os nascimentos mais raros. Foi umséculo sombrio e difícil. Ora aumentava, ora estagnava, chegandopor vezes a diminuir. O crescimento demográfico não seguia umpadrão estável. As taxas de mortalidade e natalidade permaneceram altasdurante esse século (35% e 40%, respectivamente), o que fazia comque a esperança média de vida fosse bastante reduzida (25-30 anos),surgindo assim sucessivas crises demográficas. No entanto, a essascrises sucediam períodos de acalmia em que se intensificava anupcialidade e crescia a diferença entre o número de nascimentos eóbitos.Como toda a causa nasce de algum problema, estas oscilaçõesdemográficas no século XVII têm nascimento em quatro grandesproblemas: irregularidade das condições climatéricas com invernosrigorosos que alternavam com verões particularmente frescos ehúmidos afectando as colheitas; más produções agrícolasprovocaram crises alimentares que geraram subnutrição e fome queacabavam por originar crises de subsistência devido à subida dospreços.Estas crises económicas da Europa pré-industrial deviam-se aofacto da base económica ser a agricultura e não existir na mesma umprogresso tecnológico eficaz para combater as pragas o que obrigavao camponês a estar à mercê das condições climáticas e da fertilidadenatural do solo. As longas jornadas de trabalho, a pobreza e aprecariedade das estruturas de higiene e saúde, enfraqueciam oscorpos e organismos, levando ao próximo problema: doenças. É noscorpos debilitados que as doenças se instalam com maior facilidadee as epidemias, ao contrário das fomes, atingiam todos,