Antibiótico
A retenção da receita na farmácia para a compra de antibióticos é uma medida extremamente necessária para controlar o consumo. De acordo com a proposta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que deve ser publicada em Diário Oficial esta semana, uma via da prescrição ficará retida na farmácia e outra com o paciente. Os estabelecimentos terão 30 dias para se adequar à norma a partir da publicação.
Infelizmente, a população brasileira tem o péssimo hábito de ir à farmácia e adquirir antibióticos sem receita. Infelizmente, também, sabe-se que algumas farmácias e drogarias brasileiras vendem esse tipo de produto, sem exigir a prescrição. Se para profissionais de saúde treinados, como médicos e dentistas, já é difícil determinar a natureza das infecções e selecionar corretamente um antibiótico, para a população leiga e para os balconistas de farmácias e drogarias é um ato extremamente perigoso e irresponsável, pois põe não só a saúde de quem vai consumir o medicamento em risco, mas de toda a população.
CRF-SP contra o consumo indiscriminado
O farmacêutico está na farmácia para orientar o paciente na aquisição dos medicamentos e acompanhar o tratamento. Tem como obrigação profissional e ética zelar pela preservação da saúde. Entretanto, pressões comerciais e a irresponsabilidade justificada pelas regras de mercado têm sido fatores que dificultam o trabalho do farmacêutico.
O CRF-SP, preocupado com essa situação, têm agido orientando e cobrando uma postura firme dos farmacêuticos. Por conta disso, o CRF-SP reafirma a responsabilidade deste profissional à frente de todos os procedimentos dentro do estabelecimento farmacêutico. Apenas com conhecimento técnico sólido e atualizado o profissional poderá orientar a população e, muitas vezes, persuadir os pacientes com argumentos técnicos e legais quando insistirem na aquisição desses produtos sem receita.
A campanha “Uso racional de antibióticos e combate à resistência