Antecendentes da semana da arte moderna
Alguns acontecimentos precedem a SAM. Escritores brasileiros trouxeram, de volta da Europa, notícias de uma literatura em crise. A divulgação das teorias vanguardistas marcou uma brusca ruptura na história da literatura brasileira. De 1910 a 1920, observou-se, entre os intelectuais, um anseio de renovação artística e cultural. Iniciou de modo tímido em grupos isolados do RJ e SP. Em 1912, Oswald de Andrade, na Europa, tomou conhecimento das ideias futuristas de Marinetti e as divulgou em São Paulo - Revista Orfeu. Em 1913, acontece a primeira mostra de arte não-acadêmica no Brasil. Pintor Lasar Segall - russo radicado no Brasil - sem muitas transformações radicais. Coube a Anita Malfatti esse papel. Sua exposição (1917), escandalizou o ambiente intelectual paulista e provocou diversos ataques, entre eles a crítica de Monteiro Lobato. Semana de Arte Moderna
A literatura brasileira atravessava um período de transição. De um lado, ainda havia a influência das tendências artísticas da 2ª metade do século XIX; de outro, já começava a ser preparada a grande renovação - Modernismo - no Brasil, tendo início a SAM que ocorreu entre 13 e 17 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo. Durante toda a semana o saguão do teatro esteve aberto ao público. Nele se encontrava uma exposição de artes plásticas com obras de Anita Malfatti, Vicente do Rego Monteiro, Zina Aita, Di Cavalcanti, Harberg, Brecheret e outros. 13 de fevereiro - Graça Aranha fez a primeira palestra e foram declamados poemas. Ronald de Carvalho declamou o hoje conhecidíssimo poema “Os Sapos” de Manuel Bandeira, em que se ridicularizava o Parnasianismo. . Villa - Lobos regeu a sua Sonata II para Violoncelo e Piano. 15 de fevereiro - Menotti Del Pichia fez uma palestra ilustrada por poemas, trechos em prosa, danças e foi fortemente vaiado. O público tornou-se reduzido, restrito apenas aos