Anotçãoes para uma historia da leitura

1382 palavras 6 páginas
ANOTAÇõES PARA UMA
HISTÓRIA DA LEITURA
Este é um livro para se guardar, claro, depois de lido. Deveria ficar na sessão de “referências” das bibliotecas e ser consultado pelos que se interessam em conhecer a cultura brasileira.
Aqui você vai encontrar a história da leitura e do livro no Brasil nos últimos anos. Digo “últimos anos” e já tenho que me corrigir, pois se esse livro surge como uma síntese do PNLL (Plano Nacional do Livro e da Leitura) criado em
2005 é, também, uma obra coletiva que concentra informações e depoimentos sobre as iniciativas anteriores que já visavam transformar o Brasil em um país de leitores. Neste sentido, é um livro aglutinador. José Castilho, que diligentemente dirigiu o PNLL, reuniu editores, escritores, professores, bibliotecá- rios, administradores culturais, enfim, diversas vertentes implicadas no universo do livro e da leitura.
Esse gesto do responsável pelo PNLL deve ser elogiado, porque isto é raro dentro da cultura e da política brasileira. Entendo o convite que me fez para escrever essa introdução como uma homenagem a uma geração que o precedeu. Ele me sugeriu que fizesse algumas anotações sobre experiências concretas, também aglutinadoras, que tivemos à frente da Fundação Biblioteca
Nacional (1990-1996), quando criamos o PROLER, o Sistema Nacional de Biblio tecas, e lançamos o Projeto Biblioteca Ano 2000 que, pela primeira vez colocou juntos elementos até então tratados separadamente: livro, leitura e biblioteca.
Só se pode avançar construindo pontes não dinamitando a estrada. E há nomes e entidades notáveis que nos precederam. Algumas datas são marcantes: 1925, 1935, 1937, 1962, 1980 e 1991. Vou tentar, em poucas palavras, definir a cronologia.
1. Começo com Monteiro Lobato que fez uma revolução de caráter múltiplo em 1925: criou uma editora brasileira de alcance nacional, inventou um inovador sistema de distribuição que incluía lombo de burro, trem e barco, inserindo jovens e crianças

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