Annales
Ate o sec. XVIII a historia era apresentada como a dos feitos dos grandes homens, se limitando a descrever guerras e politica. A partir daquele seculo, durante o iluminismo, ocorreu a contestacao a essa forma de se escrever a historia, quando entao um grupo de estudiosos passou, sob uma perspectiva mais humanista, a se dedicar e se preocupar com as leis, o comercio, a moral e os costumes das sociedades. Historia cultural. Historia do povo, ao contrario da supericialidade da historia positivista. As criticas a historia politica foram se acirrando com o passar do tempo e a "Nova Historia" passava a contar com outros profissionais: sociologos, economistas, antropologos e psicologos. Ate alguns historiadores que resistiam a Nova Historia, ainda se mantendo em sua concepcao politica, abriram suas mentes a realizar uma historia mais abrangente, como foi o caso de Ernest Lavisse, editor geral da Historia da Franca, cuja confeccao de seus dez volumes contou com a participacao de um geografo e de um historiador cultural. Lucian Febvre (modernista) e Marc Bloch (medievalista) ainda eram estudantes quando se iniciou o movimento de contestacao ao antigo metodo historiografico porem, estes foram os lideres do movimento dos Annales. Lideres porque atraves de seus estudos e de suas criticas, se cercaram de um grande grupo interdisciplinar, que raticava o fato de pensarem a historia de forma mais abrangente. Os primeiros encontros entre Febvre e Bloch ocorreram em Estrasburgo, em um ambiente propicio, onde havia uma nova universidade e logo apos a primeira guerra mundial, quando aflorava a inovacao intelectual, facilitando o intercambio entre as disciplinas. Tais encontros se deram entre 1920 e 1933, em um periodo de grandes transformacoes como o colapso do capitalismo com a queda da bolsa de Nova York, a predominancia da inseguranca a partir da ascencao dos partidos totalitarios (fascismo, nazismo)