Annales
Quando a história passou a ser vista como ciência, a historiografia passa então por diversas modificações metodológicas, no qual nos permitiram um campo mais amplo de pesquisa com a incorporação de novas fontes possíveis. Ainda sim, haviam muitos questionamentos acerca dessa historiografia que geralmente se importava somente com fatos e datas, sem o aprofundamento de grandes análises de estrutura, tornando-se então superficial. Foi então que, no decorrer da década de 30, surge uma nova corrente historiográfica, chamada de Escola dos Annales, que tinha como proposta romper com essa tradição anterior e criar um novo modelo para se ler e escrever a história. Passaram a mostrar uma história mais ampla, no qual tentavam adentrar em todos os aspectos ligados a vida humana, tornando-se possível se escrever a história sobre os objetos de forma ampla e de certo modo, superficial. Para que conseguissem isso, então, provoveram a interdiciplinaridade, onde a história passou cada vez mais a buscar auxílio nas ciências sociais. A escola dos Analles por não conter uma teoria de base, seria composto por alianças. Assim sendo, não tinham uma teoria própria, mas criaram um método de escrever sobre.
A primeira fase do movimento foi caracterizado por seus criadores, Lucien Febvre e Marc Bloch. Febvre sugere a criação de uma outra História, onde diz que o historiador deve partir de seu tempo presente para entender o passado, além de estabelecer os fatos e depois tratá-los, tendo como intuito uma história problemática e não automatica, onde seja possível a elaboração dos fatos de modo que consiga responder as perguntas, pois se não há questionamento, não há nada. Podemos observar a tentativa de criação de um método de se ver a história. Inclusive a obra “Apologia da História” de Marc Bloc tornou-se para muitos um manual de leitura da história.
Embora tenha ocorrido essa