Anlise Do Filme Contacto
Filme: "Contact"
Ficção
EUA, 1997
Realização: Robert Zemeckis
Atores: Jodie Foster, Matthew McConaughey, James Woods, John Hurt, Tom skerritt, Angela Bassett, Rob Lowe
Cor
144 minutos
Fazer uma análise sobre um filme demanda uma pequena, mas necessária, definição da natureza do filme e dos pressupostos para a sua análise. O que é um filme e como deve ser analisado? Nossa proposta é que um filme é uma teoria sobre a realidade, na forma de uma imagens-texto (representação da realidade), e composto de parágrafos lógicos, teses e ideias que procuram construir um todo, coerente logicamente. Quer dizer, não é pelo fato de se compor de imagens que o filme deixa de ser um texto, pois a imagem, a cena, no filme, representa um tipo de representação de um mundo possível. Neste sentido, uma das perguntas essenciais na avaliação de um filme é sobre seu problema essencial e como ele o desenvolve. Contudo, como texto argumentativo, o filme apresenta pressupostos, como ficará claro no filme de Sagan. Esses pressupostos são as suposições e convicções fortes acerca da realidade, que originam o filme, o processam, e são a sua finalidade; seguindo o sentido forte do conceito grego de arché (princípio) que significa não somente a origem, mas também governo e finalidade de um ser. Se, de fato, um filme-texto contém pressupostos, uma segunda questão que deve nortear nossa análise é se seus pressupostos são coerentes, dentro da lógica que eles próprios impõem. Por outras palavras, será que o sistema de crenças que o filme invoca possibilita a construção de uma totalidade coerente, isto é, de um mundo necessário e verdadeiro? O que fazer quando o filme-texto evidencia uma incoerência no sistema de realidade promovido pela cena? Um terceiro nível de análise só agora se torna possível e coerente: a avaliação do filme-texto através das categorias cristãs de Criação-Queda-Redenção-Glorificação. Por um lado, o