Anjo
Uma segunda explicação estava vinculada á questão racial e á mestiçagem.Vários autores críticos ferrenhos da mestiçagem e consideravam que os mestiços demonstravam a "degeneração e a falência da nação" ou que eram"decaídos,sem a energia física dos ascendentes selvagens, sem a altitude intelectual dos ancestrais superiores".
Entretanto, dois autores daquela época faziam análises diversas: Joaquim Nabuco e Manoel Bonfim.
Nabuco afirmava que, graças á raça negra, havia surgido um povo no Brasil, mas que a escravidão e o latifúndio geravam verdadeiras "colônias penais" no interior,pois os latifundiários eram refratários ao progresso e apenas permitiram que os mestiços vivessem como agregados e seus dependentes,na miséria e ignorância.
Bonfim,por sua vez,via o sertão nordestino como uma "terra de heróis".Dizia que as populações do interior tinham muita força, cordialidade e uma capacidade de atuar coletivamente, seja pelo uso comum de suas posses.
A pobreza seria sempre um dos elementos essenciais dessa explicação,e uma decorrência da escravidão ou da mestiçagem.As chamadas "classes baixas" constituíam-se de pessoas que normalmente,nas cidades,eram consideradas perigosas e,no interior,apáticas,doentes e tristes.
Conforme a cientista social brasileira Márcia Anita Sprandel, a primeira tentativa de explicar a pobreza no Brasil, Afirmava-se que o brasileiro era preguiçoso, indolente, supersticioso e ignorante porque a natureza tudo lhe dava: frutos, plantas, solo fértil, etc.
Uma segunda explicação estava vinculada à questão racial e à mestiçagem. Vários autores foram críticos ferrenhos da mestiçagem e consideravam que os mestiços demonstravam a “degeneração e falência da nação” ou que eram “decaídos, sem a energia física dos ascendentes selvagens, sem a altitude intelectual dos ancestrais superiores.”
A maioria dos cientistas, políticos, juristas e intelectuais desenvolveram teorias racistas e deterministas para