anhembi
Comunicação visual
2013-2
Prof. Carlos Avelino de Arruda Camargo
Roteiros de aulas
Obs.: Estes roteiros de aulas são relativos ao material apresentado em sala de aula em
Power Point, não substituindo, portanto, a bibliografia indicada.
CONSCIÊNCIA DE LINGUAGEM I
Processo de criação:
Uso e domínio da linguagem (signos) x dependência e limitação da linguagem.
“Os signos miméticos de Nakhl” (síntese)
Alberto Mussa, em “O enigma de Qaf”
“Os historiadores da cultura atribuem a invenção da escrita aos sumérios e a descoberta do alfabeto, aos fenícios. A superioridade da escrita alfabética (representação das palavras por seu som e não por sua idéia) sobre as demais reside na reduzida quantidade de signos necessários para representação de todo vocabulário.
Tolos, todos esses historiadores. O alfabeto foi concebido por uma mulher que desejou aprisionar o tempo. Foram descobertas nas cercanias de Nakhl, no Deserto do Sinai, algumas inscrições indecifráveis, de clara natureza alfabética, mas que não possuem nenhum traço herdado das letras fenícias. Zaynab, matriarca de Nabat, exilada na região onde se iria erguer a cidade de Petra, futura capital do reino nabateu, tendo estudado as escritas egípcia e acádica, convenceu-se de que aquela era uma arte mágica, que fixava o passado de maneira irreversível. Não tardou em imaginar a possibilidade de capturar, não apenas o passado, mas o próprio presente, no instante mesmo de sua ocorrência, e estancar o fluxo do tempo. Zaynab simplificou a escrita de tal forma, que chegou à invenção do alfabeto. E não parou por aí. Do sistema gráfico ‘isolante’, a matriarca de Nabat evoluiu para a escrita cursiva.
Mas Zaynab foi além. Engendrou um modelo em que, escrita uma primeira vez, a letra não necessitava ser grafada novamente, mesmo quando se repetisse numa outra palavra.
Zaynab, assim, conseguiu mimetizar os fatos com a escrita. Chegou a grafar os acontecimentos no exato instante