anhanguera
Naquele ano da graça do Orixá Ogum, período de guerras e demanda lutas e combates, ali na subida do Morro da Policia na calmaria da noite Dona Chininha dormia a sono solto, eram 5 horas da manhã. Na noite anterior a negra velha havia derrubado 14 quatro pés e mais de 70 aves. O povo daquela casa se preparava para uma grande festa tudo em homenagem ao glorioso Pai Ogum. Quando de repente ela foi acordada por um burburinho que vinha da rua, aquilo por si só já era um desaforo. Ela fora deitar às três horas quando acabara o serão, tinha em seu quarto de santo sete filhos de obrigação, e os demais tinham terminado suas tarefas e debandado para suas casas.
Revirou-se na cama procurando uma melhor acomodação, e assim voltar ao sono conciliador. Pensou: Isso é coisa de alguns transeuntes, logo vão embora e poderei voltar a dormir. Mas, as altercações das vozes aumentaram aquilo que parecia um grupo passando pela rua, não se sabe por que cargas d água resolveram se estabelecer em frente ao seu portão e o que parecia momentâneo tornou-se um martírio, não tendo hora para terminar.
No momento seguinte o que se seguiu foi um bate-boca infindável, intercalado por palavrões e acusações entre os contendores quer parecer de ânimos alterados, aquilo se perdeu e adentrou a casa.
A estás altura dos acontecimentos ela tinha a nítida impressão que aquele povaréu estava ali, ao lado de sua cama. Bem, aqui esgotou toda a sua paciência e só restou tomar uma atitude. Levantou-se vestiu um chambre, calçou um chinelo de dedo e foi à luta. Isso é demais para qualquer ser humano agüentar desaforo em frente a sua casa.
Deu de mão na chave e abriu a porta e saiu no terreno, às estrelas ainda cobriam o céu, noite clara como um dia facilitando a visão da rua.
Ali, na frente do pátio à direita do portão de entrada, ao lado da casa do Bará Lodê, tinha um banco deste feito de madeira bruta. Caminhou até ele sentou-se, e acomodou-se e