anelideos
Águas vivas, corais, medusas, anêmonas e caravelas são animais de estrutura radial, a maioria com tentáculos. Alternam seu ciclo de vida entre a forma livre ou medusa de reprodução sexuada e a forma fixa ou pólipo de reprodução assexuada. Esses seres apresentam organelas de defesa denominadas nematocistos que ejetam veneno por meio de uma pequena espícula distal presa a uma estrutura espiralada mantida sob pressão dentro das células nos tentáculos e no corpo. Os nematocistos disparam por alterações pressóricas e osmóticas com força brutal, inoculando veneno até a derme da vítima. Um acidente grave pode ter milhões de nematocistos. O veneno dermonecrótico, neurotóxico e termolábil pode causar hemólise e insuficiência renal que se desenvolvem tardiamente. Processos alérgicos de gravidade variável também podem ocorrer como angioedema e choque anafilático. Estima-se em aproximadamente 150 mortes no mundo por acidentes por cubomedusas, a maioria na Austrália(8). Placas lineares ou arredondadas eritematosas com intensa dor local instantânea são características podendo evoluir com náuseas, vômitos, dispnéia, arritmias cardíacas e edema agudo de pulmão. Quelóides, hiperpigmentação residual, atrofia de subcutâneo e gangrena são complicações, além de trombose venosa profunda e granulomas de corpo estranho. As larvas de uma pequena medusa (Linuche unguiculata) são responsáveis pelo prurigo do calção de banho “seabather’s eruption”, quadro eritêmato-pápulo-pruriginoso que se desenvolve em áreas cobertas de banhistas(9). No Brasil, na região norte-nordeste são freqüentes as caravelas pertencentes à classe hidrozoa, principalmente a Physalia physalis, no sul e sudeste pequenas hidromedusas são freqüentes como as Olindeas sp. Cubomedusas associadas a acidentes fatais em outros países são comuns, principalmente a Tamoya haplonema e a Chiropsalmus quadrumanus. Em alguns meses do ano há uma maior chegada de animais nas praias e em água rasas, observando-se aumento