anatomia
O atual modelo de prestação de serviços de saúde, apesar de toda uma tentativa de evolução do Sistema Único de Saúde - SUS, ainda é ineficiente e não cumpre o acordado com a Constituição, no que tange ao dever do Estado de oferecer ao cidadão todos os meios para que ele goze de boa saúde. Ao contrário, o modelo continua sendo pouco expressivo, denotando um sistema de baixa qualidade que não assiste toda a população e remunera mal os seus profissionais na rede pública de atendimento. As inadequações no modelo assistencial da saúde pública, somado ao fracionamento dos recursos advindos do Governo Federal e a pouca participação do Estado no financiamento da saúde pública tornam-se um agravante à precarização da saúde pública. O Brasil não possui um sistema universal, que atenda a todo mundo, nem tampouco oferece um sistema integral que possibilite ao paciente o atendimento a praticamente todos os procedimentos, mesmo assim segundo o ex-presidente do Conselho Nacional de Saúde, Francisco Batista Júnior, no Brasil investe-se em saúde menos que a Argentina e o Chile, proporcionalmente para cada cidadão. Quanto aos países de primeiro mundo, como o caso da Inglaterra investe-se cinco vezes mais. Os Estados Unidos investem 20 vezes mais. Não que o fato de se investir uma soma vultuosa signifique necessariamente que o país vá ter uma sistema impecável, mas se há a iniciativa de se empregar verbas na saúde pública, o modo como esse dinheiro será empregado se torna mais pensado. A imensa dimensão geográfica do país (cerca de 8,5 milhões Km²) acolhe um grande número de habitantes que necessitam de amparo hospitalar da gestão pública, havendo para estes, um número desproporcional de médicos de um modo geral (especialistas, pronto-atendimento, urgência, emergência), profissionais estes, muitas vezes mal remunerados,submetendo-se à cargas horárias extras para obterem uma renda a mais,