Anatomia Trauma de to rax
Os traumas torácicos são de grande importância por serem responsáveis por cerca de um quarto das mortes em traumatizados. De todos os pacientes que chegam a serviços médicos e que sofreram um trauma nessa região, cerca de 15% necessitarão passar por um procedimento cirúrgico. O conhecimento da anatomia, do mecanismo de trauma e os achados de imagem permitem que os demais pacientes possam ser tratados por procedimentos menos invasivos e de menor risco de complicação.
Como a caixa torácica contém um grande número de estruturas e é circundada por uma caixa óssea, um dos principais mecanismos de trauma consiste em lesão dos órgãos por choque mecânico com a parede óssea devido à súbita
desaceleração
que
ocorre
em
muitos
acidentes.
Como há espaços entre as costelas que não possuem proteção óssea, tais regiões são mais susceptíveis a lesões por instrumentos perfurocortantes. Lesões na região localizada entre as luas linhas hemiclaviculares, por exemplo, tem grande chance de lesão mediastinal e, portanto, cardíaca (o coração localiza-se no mediastino médio).
Lesões na parede torácica
A caixa torácica é formada por doze pares de costelas (as sete primeiras de ligam por cartilagens individuais ao esterno e são chamadas vertebrocostais, as 3 seguintes se
ligam
a
uma
cartilagem
comum
e
são
conhecidas
como
vertebrocondrais e as duas últimas são se fixam ao esterno e são denominadas livres ou flutuantes) e um osso central (o esterno, que se assemelha a uma pequena gravata e pode ser dividido em manúbrio – o nó da gravata – corpo e processo xifóide – a ponta da gravata, entre o manúbrio e o corpo encontramos uma angulação palpável que é útil clinicamente para determinar a altura de inserção do segundo par de costelas ao esterno). Além disso, a cabeça das costelas se articula posteriormente a doze vértebras torácicas. Ainda posteriormente podemos observar as escápulas.
Anatomia aplicada à prática médica
Felipe Franco da Graça
XLVIII turma
Os