Anatomia animal
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Produção de fitomassa, acúmulo de nutrientes e fixação biológica de nitrogênio por adubos verdes em cultivo isolado e consorciado
Adriano Perin(1), Ricardo Henrique Silva Santos(1), Segundo Urquiaga(2), José Guilherme Marinho Guerra(2) e Paulo Roberto Cecon(3)
(1) Universidade Federal de Viçosa (UFV), Dep. de Fitotecnia, Avenida P.H. Rolfs, s/n o , CEP 36571-000 Viçosa, MG. E-mail: aperin@vicosa.ufv.br, rsantos@ufv.br (2) Embrapa Agrobiologia, Caixa Postal 74505, CEP 23890-000 Seropédica, RJ. E-mail: urquiaga@cnpab.embrapa.br, gmguerra@cnpab.embrapa.br (3)UFV, Dep. de Informática. E-mail: cecon@dpi.ufv.br
Resumo – O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos dos cultivos isolado e consorciado dos adubos verdes de verão crotalária (Crotalaria juncea) e milheto (Pennisetum americanum) na produção de fitomassa, nos teores e acúmulo de nutrientes e na fixação biológica de nitrogênio (FBN). O delineamento experimental adotado foi blocos ao acaso, com quatro repetições, em que os tratamentos constaram dos adubos verdes crotalária, milheto, crotalária + milheto e vegetação espontânea. A crotalária apresentou maior produção de fitomassa, que foi 108% maior que a da vegetação espontânea e 31% superior a do milheto. No consórcio crotalária + milheto, a leguminosa contribuiu com 65% da massa de matéria seca total. A presença da crotalária resultou em maiores teores de N e Ca, enquanto o milheto e as ervas espontâneas apresentaram maiores teores de potássio. O acúmulo de P e Mg foi fortemente influenciado pela produção de fitomassa, atingindo valores elevados com a presença da crotalária, ao passo que o acúmulo de N e Ca resultou tanto dos maiores teores quanto da maior produção de fitomassa nos tratamentos com a leguminosa. A FBN foi 61% na leguminosa quando consorciada e 57% quando isolada, incorporando ao solo via FBN 89 e 173 kg/ha de N, respectivamente, constituindo-se excelente estratégia de incremento de N