Analise e Expressão Textual - RESUMO ACADÊMICO - Maconha faz mal, sim.
Adriana Dias Lopes inicia o artigo “Maconha: faz mal, sim” apontando que no atual liberalismo em torno do consumo da maconha há um descompasso com as pesquisas médicas mais recentes. As sequelas cerebrais são duradouras, sobretudo quando o uso se dá na adolescência. Um dos estudos mais importantes e recentes sobre os males da maconha foi conduzido por treze reputadas instituições de pesquisa, entre elas as universidade Duke, nos Estados Unidos, e de Otago, na Nova Zelândia. Os pesquisadores acompanharam mil voluntários durante 25 anos. Eles começaram a ser estudados aos 13 anos de idade. Um grupo era composto de fumantes regulares de maconha. Os integrantes do outro grupo não fumavam. Na média, os consumidores crônicos da maconha ficavam 8 pontos abaixo dos não fumantes nos testes de Q.I. Os usuários de maconha saíram-se mal também nos testes de memória, concentração e raciocínio rápido. De acordo com o psiquiatra Laranjeira: “Se o usuário crônico acha que está bem, a ciência mostra que ele poderia estar muito melhor sem a droga. A maconha priva a pessoa de atingir todo o potencial de sua capacidade”. Ela imita a ação de compostos naturalmente fabricados pelo organismo, os endocanabinoides. A maconha interfere caoticamente nas sinapses, levando ao cumprimento das funções cerebrais. Mesmo assim, a maconha tem efeitos potencialmente terapêuticos, usada no tratamento da fobia social, no tratamento do glaucoma e no controle da náusea de pacientes submetidos a quimioterapia nos Estados Unidos. Mesmo assim, em nenhum país a maconha é completamente liberada.
Palavras chave: descobertas; ciência; medicina; maconha.
LOPES, Adriana. Maconha: faz mal, sim. VEJA, São Paulo, ano 45, n° 44, edição 2.293, p. 92-100, out. 2012.