Analise a fenomenologia religiosa do Antigo Egito

Analise a fenomenologia religiosa do Antigo Egito

A história do Antigo Egito está diretamente entrelaçada com a existência do Rio Nilo, como o próprio historiador Heródoto definiu “O Egito é uma dadiva do Nilo”. Portanto as condições geográficas contribuíram para que o Egito tivesse um desenvolvimento diferenciado em relação às culturas sumério-acadianas. Esse determinismo geográfico foi um aspecto fundamental no processo da unificação e de proteção dos possíveis perigos, visto que o Egito encontrava-se defendido pelo deserto, pelo mar vermelho e pelo mediterrâneo.
O Egito há cerca de 3.000 A.C, teve na constituição de sua religião algo bem diferenciado. Logo inicia-se com a pulverização de muitos deuses e aos poucos os mitos teogônicos vão se fundindo em torno da figura do Faraó. É esse dogma em torno do Deus encarnado representado pelo Faraó estabeleceu um fator primordial para a estruturação e constituição da civilização egípcia, salientando que o Egito caminhou de forma relativamente rápida ao processo de unificação dos dois reinos (alto e baixo), favorecendo dessa forma a permanência imutável da civilização egípcia por mais de três milênios. Diferentemente dos povos mesopotâmicos que adoravam uma série de divindades, contribuindo para desencadear uma disputa entre as divindades dessas cidades, ocasionando a desintegração da civilização mesopotâmica.
A fundação e a unificação desse país foi uma empreitada realizada pelo primeiro soberano, intitulado pelo nome de Menés e a capital do Egito unificado passou a ser sediada em Mênfis. A constituição desse Estado igualou-se a uma cosmogonia, um novo mundo foi fundado com uma civilização mais avançada e complexa. A divindade do Faraó representava justamente esse princípio de todas as coisas, mantendo o caos fora do Egito, assegurando a ordem cósmica e social, representando o milagre da “Primeira Vez”, constituindo-se na chamada “Era do Ouro”. O imobilismo dessa civilização seria um esforço necessário para