analise texto antropologia e arte no seculo xx
Susan Hiller antropóloga e artista plástica 1977
Ideia chave: arte vs antropologia
A arte é tão difícil de definir para os artistas contemporâneos como a antropologia é difícil de definir para os antropólogos dos nossos dias.
“Os estudos antropológicos da arte etnográfica muitas vezes tomam por garantido a definição de arte” no entanto, a definição de arte é diferente da dos artistas que “alargaram a sua definição para abranger um leque de actividades” que não é apenas as belas artes em si (escultura e pintura) incluindo assim as performances, trabalhos analíticos e teóricos etc.
Existe uma situação de permeabilidade e de instabilidade entre as fronteiras das duas disciplinas. Apesar dos antropólogos dos dias de hoje raramente estudarem a arte contemporânea, a arte pode dar uma boa percepção etnográfica, histórica e social do tempo actual. Sendo que o estudo antropológico é indissociável das concepções ocidentais (deriavado de influências histórico-artisticas).
A arte é uma palavra de categoria ocidental.
Antigamente (entenda-se renascença) a arte tinha uma constituição do domínio discursivo e practico e especifico. As belas artes eram um fim em si mesmo (o realismo e as suas regras da treta)
Mas no XX a arte tornou-se mais complexa, problemática e múltipla. Omitir esse aspecto é ignorar a questão mais importante: a dimensão critica e utópica, a sua instabilidade; daí a arte ser um bom exemplo para estudos antropológicos. A arte tornou-se cultural e socialmente relevante.
Ao longe de todos os tempos a arte mais “central” foi a arte negra, com a simplificação das formas, esteriopatização, o “privitivismo” manteve-se estável e imutável em ambas as disciplinas. (fazer relação de máscara negra com les demoiselles d’avignon de simplificação e essas cenas).