Analise setorial
Como foi mencionado anteriormente, uma parte da lucra¬tividade das empresas deve-se aos seus desempenhos particulares diante da concorrência e a outra a aspectos próprios do setor de negócios em que ela está inserida. Por este motivo, é preciso que, ao traçar suas estratégias, as empresas analisem cuidadosamente o peso dessa parte de sua lucratividade, que depende do desempe¬nho do ramo de atividade a que ela pertence.
Modelo das cinco forças da concorrência
A análise setorial pode ser realizada por meio do modelo das cinco forças da concorrência desenvolvido por Michael Porter na década de 1970. Por esse sistema é possível fazer a relação qualitativa entre o potencial de lucratividade das organizações que participam de um determinado setor e as chamadas cinco forças competitivas. O modelo vem recebendo críticas ao longo do tem¬po, mas continua a ser utilizado extensivamente pelas organizações.
Ao longo do tempo, as forças competitivas de Porter receberam variáveis adicionais ou foram rearranjadas. Dentre as contribui¬ções e modificações pode-se apresentar a de Adam Brandenburger e Barry Nalebuf, da Universidade de Harvard, que destacaram o papel dos complementadores (ver adiante) como uma força signifi¬cativa. O modelo utilizado neste capítulo é o de Porter, mas acres¬cido desta sexta força - entretanto, vamos continuar a referir-nos a ele como o das cinco forças. Alguns teóricos chamam de modelo das "5 mais 1" forças, com o intuito de respeitar a sugestão original.
O modelo das cinco forças possibilita realizar uma análise do grau de atratividade do setor. Este modelo identifica cinco conjun¬tos de forças competitivas que afetam a concorrência, dos quais um (rivalidade entre os concorrentes) está dentro do próprio setor e os demais são externos. A força ou o poder conjunto de tais forças determinará o potencial de lucro do setor.
1. Rivalidade entre concorrentes
A rivalidade entre concorrentes pode ser considerada a mais