ANALISE REDAÇÃO OFICIAL
Os estudos sobre a operacionalização da análise linguística nos diferentes níveis escolares ainda são poucos. Por isso, em verdade, ainda não é possível propor efetivamente uma organização curricular abrangente que norteie o trabalho com AL. Portanto, é preciso aceitar, neste momento, uma abordagem que siga critérios estruturais tradicionais ao lado de critérios discursivos. No entanto, é preciso lembrar que, como afirma Nóbrega, “Tentar produzir uma descrição mais afinada com os usos efetivos da linguagem exige uma perspectiva teórica orientada mais por critérios pragmáticos e semânticos do que pelos critérios morfológicos e sintáticos das abordagens tradicionais” (2000, p. 80). Os materiais didáticos estão iniciando o caminho de adequação à nova proposta, e os professores precisam ser orientados em como utilizá-la. Muitos permanecem na proposta tradicional por se sentirem seguros com esta, mesmo reconhecendo suas falhas. Como afirma Mendonça, “A mudança na prática pedagógica que prevemos é gradual e repleta de dúvidas, com passos adiante e atrás, e este parece ser o caminho mais provável e seguro, por mais paradoxal que pareça” (2006, p.225).O importante agora é que, mesmo em “pequenas doses”, pouco a pouco, a AL seja integrada ao ensino de língua portuguesa. Junto ao trabalho constante com a leitura e a produção textual, espera-se que a escola consiga, efetivamente, desenvolver a competência comunicativo-discursiva dos seus alunos. Não se pode aceitar que, apesar do avanço das pesquisas sobre a língua e seu ensino e dos esforços de muitos professores, os resultados obtidos junto aos educandos, o seu desenvolvimento pleno em termos linguísticos, sejam ainda tão insatisfatórios.