analise homicídio

Analise típica de tentativa de homicídio/ assassinato.
Trecho do livro 1889
Pág.:229 “Um caso à parte é o do escocês John Henry Lowdes. Nascido em Glasgow em janeiro de 1861, Lowndes chegou ao Brasil com a família aos seis anos de idade. Aventureiro e destemido, aos treze já estava em Belém, no Pará, onde trabalhou no oferecimento de mercadorias a serigueiros e ribeirinhos. O pagamento era feito em borracha e outros produtos da floresta amazônica. Nos anos seguintes sobreviveu a um naufrágio e a tentativas de assassinato.”
Tentativa
Iniciada a execução, o fato não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. É a realização incompleta do tipo objetivo.
Art. 14 - Diz-se o crime:
Crime consumado
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Pena de tentativa
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de 1/3 a 2/3.
Note-se que a norma do art. 14, II permite considerar uma conduta que não seria típica como típica, por isso é chamada de norma de adequação típica mediata. Ela é uma norma de adequação típica mediata porque amplia a incidência da norma incriminadora. Trata-se de uma ampliação temporal.
Se não fosse o art. 14, II do CP, não haveria crime tentado, portanto, o que está inserido no art. 14, II do CP são elementares. Significa que: todos os elementos de uma norma de extensão são elementares, porque se não fossem esses elementos das normas de extensão as condutas não seriam típicas.
Fato típico da tentativa
1) Início da execução
2) Não superveniência do resultado por razão alheia a vontade do agente
3) Dolo: Só há tentativa em crime doloso, porque só se pode “tentar” o que se quer, portanto, não há que se falar em tentativa em crime culposo.
Na tentativa tem-se o dolo direto, não podendo haver dolo eventual na tentativa. Isso porque, no dolo eventual o agente não quer o resultado, mas não