a teologia do hoje
Maria Emmir Oquendo Nogueira
21/08/2005
É com saudade, e aquele respeito pelo Sagrado, que me atrevo a escrever sobre este tema para a formação. Até a fonte do texto eu mudei. Da minha costumeira “Tahoma”, passei para a “Bookman Old Style”, que peço conservar, quando reproduzirem o texto.
A “teologia do hoje”, para nós, os primeiros, é uma daquelas marcas indeléveis, que ferem a alma e a moldam para sempre. Hoje, talvez, consideremos o próprio termo inadequado. Seria melhor, talvez, “a mística do tempo”. É, talvez... Para quem viveu o momento desta pregação do Moysés, porém, é verdadeira teologia, até mesmo epifania de Deus através do que vivíamos nos inícios da Comunidade. Mostra, além disso, traços da espiritualidade do Fundador, que não poderíamos ignorar, sob pena de ignorar nossas próprias raízes, que, certamente, passam por sua vida e modo de ver Deus, a humanidade e os acontecimentos.
Que traço da espiritualidade do Fundador é expresso através da pregação que vamos tentar reproduzir? Um dos mais marcantes, no seu caso: a fé. Fé inabalável com relação ao chamado de Deus que, mesmo antes da fundação da Comunidade, compreendia como desde sempre e para sempre. Fé prática, concreta, a ser vivida em situações concretas do dia a dia, do tempo que o Senhor nos dá, do tempo que se chama hoje. Fé que é impossível de ser vivida pelos fracos ou covardes, porque exige uma tremenda violência de coração, outra característica do nosso Fundador.
O tema que ficou conhecido como “teologia do hoje”, pregado em 1985, ensinou-nos que Deus é fiel e imprimiu-se em nós, como direcionamento de nossa atitude diante dos desafios. Ensinou-nos que seu chamado é irrevogável, como os seus dons. Que Ele tem um plano perfeito para nós, ainda que não o compreendamos, ainda que não vejamos evidências de sua realização. Era, na vida do Moysés, a raiz firme da famosa “paciência histórica”, que ele, antecipando-se em dois anos a Bento XVI, pediu à Comunidade,