Analise funcional
A análise funcional pode ser definida como investigação das relações entre as respostas de um indivíduo aos estímulos ambientais objetivamente identificados (SOUZA, 1997 apud MORAES et al 2004). As variáveis externas, das quais o comportamento é função, dão margem ao que pode ser chamado de análise funcional.
Tentamos prever e controlar o comportamento de um organismo individual. Esta é a nossa variável dependente onde representa o efeito para o qual procuramos causa. Nossas variáveis independentes, ou seja, as causas do comportamento são as condições externas das quais o comportamento é função. Relações entre a causa e efeito no comportamento - são as leis de uma ciência. Uma síntese destas leis expressa em termos quantitativos desenha um esboço inteligente do organismo como um sistema que se comporta. (SKINNER, apud CALÓ, 1994).
A análise de relações funcionais representa um modelo de interpretação e investigação dos fenômenos naturais que estará presente no projeto skinneriano de constituição da psicologia como ciência do comportamento. (NENO, 2004). Na ciência skinneriana, a busca de relações funcionais estará sempre associada ao reconhecimento da multideterminação do fenômeno comportamental e ao domínio da análise do comportamento. Tal domínio é representado pelas relações do organismo como um todo com eventos do ambiente a sua volta. (NENO, 2004).
Para se realizar uma análise funcional, inicialmente é feita uma coleta de dados extensa através do relato verbal colhido através de questionários e/ou entrevistas e observação e posteriormente esses dados são utilizados para que se identifiquem as variáveis independentes antecedentes e consequências e dependentes. Antecedentes, consequências e respostas são as contingências. Deve-se procurar colher o máximo possível de informações para que a situação possa ser bem analisada.
Muito do progresso obtido pela análise do comportamento deve-se a análises funcionais não experimentais (TODOROV,