Analise dos Indicadores macroeconomico em Angola
SOUZA, Nali de Jesus.
Desenvolvimento Econômico. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2005. a Em meados dos anos de 1990, Hirschman constatou na América Latina o surgimento de uma nova consciência acerca do desenvolvimento. Entre 1950/1981, o PIB da região foi multiplicado por cinco, em termos reais, e o crescimento da renda per capita acompanhou o crescimento demográfico
(2,7%), passando de US$ 420 para US$ 960, a preços de 1970. Os indicadores sociais da região melhoraram no período: a vida média passou de 50 para 65 anos; a taxa de mortalidade infantil reduziuse de 130 por mil para 50 por mil; a educação primária universalizou-se; a taxa de natalidade reduziu-se de 4,5% para 3%, em função do uso generalizado de anticoncepcionais, sobretudo pelas classes média e rica. Ele concluiu que os indicadores sociais estão melhorando, apesar do crescimento da dívida externa e da inflação. A melhoria desses indicadores depende tanto da educação e da conscientização social dos governantes, como do aumento da renda per capita (Hirschaman, 1996, p. 881-890).
Esse mesmo fenômeno parece estar ocorrendo em nível mundial. Entre 1990/1999, o valor agregado pela indústria, como percentual do PIB, reduziu-se de 31% para 30% nas economias de baixa renda e de 39% para 36% nos países de renda média. Ao mesmo tempo, entre 1980/1998, a taxa de mortalidade de menores de cinco anos reduziu-se nesses países, respectivamente, de 177 por mil nascidos vivos para 107 por mil, e de 79 por mil para 38 por mil. Melhoria similar ocorreu no número de matrículas nas escolas primárias e secundárias (Banco Mundial, 2003).
1 - Correlação entre indicadores de desenvolvimento
O crescimento da renda, variável fundamental do desenvolvimento, não se explica apenas pelo emprego de mais capital ou de mais trabalho. A educação geral e a educação feminina apresentam correlação positiva e significativa com o crescimento da renda (Tabela 1). Não se observa