Análise do filme “Xingu” O filme “Xingu” retrata a história de grandes homens para a formação da sociedade brasileira e indígenas, em um período histórico em qual o Brasil ainda estava “se descobrindo”. O filme conta a jornada dos irmãos Villas Bôas deixaram a vida confortável na cidade e escondendo sua escolaridade elevada, se alistaram como peões para a expansão territorial Roncador Xingu no Brasil. A aventura os movia para uma expedição de chegarem a terras não alcançadas pelos brancos. O filme focaliza os primeiros encontros das expedições com os nativos que mantinham língua e tradições próprias. Os brancos foram ao pouco ganhando a confiança dos índios, compartilhando experiências e convivendo juntos. Com o loteamento e venda das terras dos índios, os compradores de terra ao chegarem escravizaram os índios, e por muitas vezes eles foram mortos. No filme mostra também o drama vivido pelos índios, sujeitos a deslocamentos compulsórios e sofrendo com a falta de imunidade às doenças dos brancos, no caso a gripe, que causou um surto na aldeia matando o cacique e diversos índios. Orlando, o irmão mais velho, era o articulador entre as etnias dos índios e o governo, que planejava construir estradas e centros urbanos por dentro da mata. O governo já pretendia iniciar as obras planejadas, porém, Orlando tentou atrasar a obra ou até mesmo desviar o percurso, pois, as construções passariam pela aldeia indígena. Os irmãos eram defensores do índios, e por isso, fizeram uma contra proposta ao governo, que era para eles criarem uma “cidade” só para os índios. Depois de muito tempo de trabalho e luta política, os irmãos Villas Bôas conseguiram criar o Parque Indígena Xingu que hoje é considerada a maior e uma das mais famosas reservas do gênero do mundo.