Analise do filme Mercador de Veneza na vis o jurispositivista e jurisnaturalista

Análise do filme Mercador de Veneza na visão jurispositivista e jurisnaturalista.

A história do filme Mercador de Veneza gira entorno de quatro eixos principais. O primeiro eixo é a relação de amizade entre Antônio (o mercador) e Bassânio. O segundo eixo é o contrato e o ódio entre o católico Antônio e o judeu Shylock. O terceiro eixo é o casamento de Pórcia e o quarto e o ponto principal deste trabalho é o julgamento para o cumprimento do contrato firmado entre o mercador e o judeu.
Nos tempos atuais muito se fala sobre a justiça. Mas este tema não se resume somente a este século. Platão por exemplo, em seus textos já analisava entre o direito do ser e o dever do ser. Para Platão os homens deviam ser governados por reis-filósofos, por sábios e não pelo direito. Porque o direito nem sempre reconhece o que é mais justo e o mais nobre para todos. Para Platão a justiça podia ser adaptada à natureza do homem e alcançada pela bem da razão.
Porém, para Aristóteles essa análise de Platão pode por sua vez ser distinguida entre a justiça natural e a justiça convencional. Sendo a primeira a universalidade e a segunda aos Estados, entretanto sem esclarecer qual deve se curvar à outra quando existir uma situação de conflito.
Conflito este, que surge na história Mercador de Veneza entre Shylock e Antonio, no momento em que Antonio pede um empréstimo de três mil ducados, dando como garantia a Shylock caso não realizasse o pagamento, poderia ser cobrado uma multa que consistia de uma libra de carne do peito próximo ao coração de Antônio. Empréstimo este que é concedido e o contrato entre ambos é assinado.
Assim, Antonio parte para Belmonte e casa-se com Pórcia. Recebendo logo após a notícia que seus navios haviam naufragado. Como não paga a dívida devido a este fato no prazo acertado Shylock vai ao tribunal do Doge exigir a execução da multa.
Assim será feito a análise do julgamento ocorrido no filme Mercador de Veneza, a luz do Direito Naturalista e o Direito