ANALISE DA REFORMA AGRARIA E SUA DIN MICA
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ANALISE DA REFORMA AGRARIA E SUA DINÂMICA.• REFORMA AGRÁRIA - Todo mundo é a favor, desde que seja com a terra dos outros. Quando envolve sua própria fazenda, o raciocínio fundiário encara a reforma agrária como uma ameaça ao direito de propriedade. Além dessa ambigüidade, a expressão esconde uma confusão. Misturam-se no Brasil a guerra de terras com a reforma agrária. A guerra de terras equivale, no campo, à ação dos bandidos comuns da cidade, como os assaltantes de banco, ou aos promotores de desfalques e golpes financeiros. São casos de pura e simples aplicação de velhas leis, como o Código Penal. A reforma agrária é um conjunto de leis pelas quais organiza-se a distribuição de terras disponíveis no país. Ela é necessária no Brasil, país onde se cultiva uma porção ainda pequena das áreas aproveitáveis. Confundir a reforma agrária com a guerra de terras é o mesmo que misturar a reforma bancária com os golpes dos empresários de colarinho branco.
• LATIFÚNDIO - Em latim, quer dizer largo e fundo. No campo, também. Num país um pequeno grupo de produtores rurais concentra grande parte das terras, uma área com mais de 1.200 hectares, em São Paulo, onde haveria espaço para dois bairros como o Limão, na Zona Norte paulistana, entra na classe dos latifúndios - mas no Amazonas não passaria de uma horta. Há latifúndios que batem recordes de produtividade, mas a maior parte freqüenta a categoria dos improdutivos.
• TERRAS DEVOLUTAS - São terras do governo que já foram entregues a um fazendeiro e depois devolvidas.
• POSSEIROS - Se a questão dos posseiros, pessoas que abrem uma roça no meio do mato para cultivar, fosse resolvida por milagre do dia para a noite, metade do problema de terras no país estaria resolvida. Por lei, um lavrador tem o direito de ser dono da terra onde trabalha após um ano de ocupação "mansa e pacífica". O problema fica por conta desse detalhe final. Eternamente ameaçado por jagunços, os posseiros vão embora ou reagem - e perdem o título. Com isso,