Anabolizantes

O que é documentário, segundo o autor Fernão Pessoa Ramos.

Autor de vários livros como, “Mas afinal... O que é mesmo documentário?”, Fernão Pessoa Ramos, tem uma opinião interessante sobre o que é documentário.
Para ele, durante muito tempo, o conceito de documentário era limitado à forma clássica desse tipo de filme, ou seja, um filme marcado pela voz over cuja fonte estava fora de campo e que tudo sabia a respeito do que era exibido na tela. Segundo o autor, foi apenas nos anos 1990 que filmes de tonalidade mais direta, finalmente ganharam o status de documentário.
Logo no inicio de seu livro “Mas afinal... O que é mesmo documentário?”, o autor diz: “Em poucas palavras, documentário é uma narrativa com imagens-camêra que estabelece asserções sobre o mundo, na medida em que haja um espectador que receba essa narrativa como asserção sobre o mundo.”, o que significa que, estabelecer asserções sobre o mundo é, a essência do documentário.
Mas, o cinema de ficção também estabelece asserções sobre o mundo, então, qual seria a diferença entre a ficção e o documentário? O autor deixa isso bem claro, em outro trecho de seu livro que diz: “[...] ao contrário da ficção, o documentário estabelece asserções ou proposições sobre o mundo histórico”, ou seja, o documentário fala a respeito de fatos históricos facilmente localizáveis na linha do tempo da história, enquanto a ficção geralmente narra fatos que pertencem exclusivamente ao campo da imaginação.
Mas, para o autor, mesmo que a essência do documentário seja, fazer asserções sobre o mundo, o documentário não necessariamente mostra a verdade, mas pode ser manipulado. Um filme documentário pode fazer asserções “verdadeiras” ou “falsas”, mas não deixará de ser um documentário por isso, pois continuará tendo o estilo formal e a intenção do autor, próprios de cinema documentário.
Por fim, segundo Fernão Pessoa Ramos, documentário pode ser definido por três simples elementos: o primeiro é o conjunto de