Ana maria monteiro e o livro didático
Ela procura estabelecer algumas reflexões sobre relações possíveis de serem estabelecidas entre professores e livros didáticos. Ela analisa orientações e expectativas sobre as possibilidades dos livros didáticos para a superação dos problemas da educação básica. Ela também apresenta um histórico do desenvolvimento das políticas educacionais referentes aos livros didáticos no Brasil.
A autora afirma que o Brasil na década de 1990 se caracterizou pelo desenvolvimento de amplo processo de reformas educacionais. Nesse contexto, ela afirma a importância que teve o livro didático. O livro didático, além de evitar erros no ensino, possibilitaria a introdução de metodologias inovadoras, atualização de conteúdos e a implementação de processos de ensino/aprendizagem criativos.
Ela questiona se o livro didático é um instrumento renovador ou um “vilão da História”. Esse ultimo refere-se à critica pertinente feita aos conteúdos e tendências doutrinárias presentes em livros didáticos, que são portadores da “História oficial”. Eles passaram a ser vistos como desatualizados ponto de vista científico, inevitavelmente portadores de erros, distorções, e instrumentos de uma pedagogia autoritária e manipuladora e, portanto, devendo ser banido das escolas.
Ela conclui dizendo que o livro didático é um objeto de grande complexidade. Ele pode ser visto como instrumento pedagógico, objeto cultural, documento histórico e até mesmo mercadoria. O que ela busca no texto é apresentar uma discussão que ajude na compreensão do livro didático nas politicas educacionais de forma a superar análises mecanicistas, dicotômicas que ora superdimensionam e denunciam o poder da ação regulatória do Estado, ora