Ana Maria Dias E Airton Das Neves
E
Airton das Neves
Ana Maria Dias
Da infância, passada na histórica cidade paulista de
Porto Feliz, ela guardou a maioria das cenas que, posteriormente, quando começou a se dedicar à arte, transportou para as suas telas.
Embora só tenha feito sua primeira exposição em
1980, no Museu da Casa Brasileira, na capital paulista, Ana Maria Dias já expunha em coletivas desde 1975, quando mostrou suas pinturas no “Salão de Artes Plásticas de Porto Feliz” e, a seguir, em outras cidades paulistas.
A partir de 1982 têm sido frequentes suas apresentações em galerias de arte na França (Galerie
Naïfs du Monde Entier de Paris e Galerie Jacqueline
Bricard em Lourmarin), na Suíça (Galerie Pro arte
Sua pintura é toda ela voltada para a evocação dos
dias felizes da infância. Ela retrata as velhas e belas fazendas, com seus pomares e seus trabalhadores rurais, a vida doméstica, as brincadeiras infantis, os meios de transporte. Principalmente os campos esverdeados que circundam pelas montanhas. “As telas de Ana Maria Dias tornam-se elementos documentais da vida sem artifícios dialéticos”, observa o crítico Jorge Anthonio da Silva na apresentação do catálogo de sua individual na
Galeria Jacques Ardies, em 1993. Outras individuais foram realizadas na mesma galeria em 1983, 1986,
1993, 1998 e 2009. Além de ilustrar cartões para diversas entidades brasileiras, seus trabalhos foram enfocados também pela editora Max Fourny nos livros La Cite et les Naïfs e L’Arbre et les Naïfs.
Airton das Neves
Exerceu diversas atividades profissionais, mas
sempre sentiu uma enorme atração pela pintura.
Em 2003, ano em que nasce o seu único filho, sentiu um forte apelo e, como refere “tive o meu encontro com a arte!”. Desistiu de tudo, dedicou-se exclusivamente à pintura e o sucesso foi imediato.
A sua infância com parcos meios, permitia-lhe apenas esporádicas viagens “ao sítio dos avós maternos”, lugar de encantamento, tendo registado na memória a beleza paisagística e as