An lise Poema Nevoeiro
TRABALHO
DE
LITERATURA
PROFESSORA SUZETE SANTIN
GIOVANA BONINI E KAROLAYNE SCHMEGEL
Interpretação poema “Nevoeiro” de Fernando Pessoa
NEVOEIRO O título comunica uma ideia de indefinição e segredo, neste caso, escondendo a realidade.
“Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer –
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo - fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer,
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a hora!” Há sucessão do advérbio de negação “nem” que remete para um tom de transições de humor, tristeza e melancolia. Esta situação causa várias crises em seu poema, seja ela politica - através da ausência de rei e lei – e marcada pela ausência de mudanças, através de “nem paz nem guerra”; Também é evidenciada através do trecho “brilho sem luz e sem arder” uma crise de identidade, reforçada pela preposição “sem”. Por fim, há uma crise de valores morais da alma com a utilização do pronome indefinido ninguém e o advérbio nem. Pessoa deseja, através de seu poema, retratar a realidade de Portugal. Sendo assim, remete na estrofe “brilho sem luz e sem arder” a condição de Portugal “viver”, contudo uma vida triste e inconsequente. Conclui-se que o nevoeiro não é literal, mas sim simbólico – de modo político e social. Ao finalizar com “É a Hora” compreende-se o fato de acabar com este nevoeiro, ou seja, sair desta condição pela qual Portugal se encontra.