An Lise Microconto Alterado
557 palavras
3 páginas
José Gabriel da Silva Bezerra – RA 1406418 – UNIP INTERATIVAPolo Guarulhos.
Prática como componente Curricular (PCC)
“Ah, é?” – Dalton Trevisan
Ah, é?
Mal a pobre se queixa:
- Ai, que vida infeliz.
Ele a cobre de soco e pontapé.
-E agora? Está se divertindo?
-apanha ela (grávida de três meses) e apanham as cinco pestinhas.
Uma das menores fica de joelhos e mão posta:
-sai sangue, pai. Não com o facão, paizinho. Com o facão, dói.
Ponto de vista: Mostrar como uma família não planejada, desestruturada e com problemas sociais pode gerar violência doméstica.
Personagens: Mulher grávida, marido/pai e cinco filhas.
Tom da Narrativa: 1ª e 3ª pessoa.
Figuras de linguagem: Ironia e Metáfora.
Tema: Violência doméstica.
O leitor deduz que, com um número pequeno de palavras, há uma expansão de significados que podem ser imaginados para um microconto. O personagem aqui não é determinado, o que acontece na maioria dos nanocontos, usando a primeira pessoa do singular, (na fala dos personagens e uso de travessão), o sujeito da narrativa fica aberto para ser qualquer pessoa ou o próprio leitor, (narrado na terceira pessoa). Mesmo nessa versão, ainda é possível encontrar funções da narrativa com muita pontuação e dialogo. O microconto apresenta um panorama de uma família com problemas sociológicos, um homem cruel, que pune com extrema severidade, como está subentendida à esfera do dano. Porém, conforme a fala de uma das crianças “-sai sangue, pai. Não com o facão, paizinho. Com o facão, dói.”, é notado a expressão “paizinho” remete a intenção de carinho, com isso infere-se que o personagem pai sofre de um tipo de psicopatia, transtorno bipolar. Em algum momento ele é um bom pai, motivo pelo qual a filha o chama de paizinho. Em outra situação pode-se deduzir que o personagem faz uso de alguma substância que o transforma em um monstro.
Subtende-se também que a personagem mulher/mãe, já acostumada com a vida medíocre que levava não podia nem reclamar da situação que já era