América latina
Santiago, 07/07/2006 - Organizações de consumidores da América Latina e do Caribe, reunidas desde segunda-feira na capital chilena, debateram e trocaram experiências sobre consumo sustentável, celebrando o "despertar cidadão" no Chile, mas criticando a atitude assumida até agora pelo governo e pelas empresas privadas do país. "É muito difícil mudar os hábitos de consumo das pessoas", disse Maite Cortés, do Coletivo Ecologista de Jalisco (México) no painel "Cidadania Ambiental e Consumo Sustentável", organizado na quarta-feira pela rede não-governamental Consumers International. A ecologista chegou a essa conclusão depois de trabalhar 20 anos na integração do campo com a cidade, através da venda e divulgação de produtos orgânicos.
O encontro onde Cortés falou foi parte da terceira reunião da Rede de Organizações de Consumidores da América Latina e do Caribe, que começou segunda-feira e termina hoje, com o objetivo de trocar experiências em consumo sustentável de Cuba, Equador, México, Peru, Costa Rica, Argentina e Chile. Esta rede foi criada em razão do projeto Cidadania Ambiental Global, financiado há três anos pelo Fundo para o Meio Ambiente (GEF) e executado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). A iniciativa também contempla outras cinco redes, integradas por rádios comunitárias, autoridades locais, igrejas, parlamentares e educadores, através das quais se busca criar e aumentar o compromisso ambiental da população, incentivando o consumo sustentável.
Cada uma baseia seu trabalho em quatro grandes temas: diversidade biológica, mudança climática, deterioração da camada de ozônio e águas internacionais. Segundo explicou à IPS Luis Flores, da Consumers International, o projeto consta de três etapas: primeiro, as redes se reuniram para elaborar material educativo, depois, realizaram painéis de capacitação e difusão destes manuais, e, por fim, desenvolveram