Amy Winehouse
Amy Winehouse é um objeto de estudo curioso. Dentre vários motivos, a diva se inseria no estilo de vida Rock’n’Roll, caracterizado tradicionalmente pela rebeldia masculina. Apesar de jovem, ela se inspirava nos anos 70, jazz e soul, o que lhe rendia uma variedade de fãs, tornando impossível o reconhecimento de uma faixa etária específica. Com seu exímio talento, alcançava qualquer pessoa apreciadora de uma boa música. Sua vida controversa – que servia como inspiração para suas composições –, entretanto, sempre fora bastante noticiada pela mídia britânica. Tendo que lidar com um estilo de vida junkie, tentaremos delinear os caminhos encontrados pela mídia para tratar da problemática.
Dessa forma, nos prenderemos na seguinte questão: como sua imagem transgressora reflete na mídia? Como esse fato repercute em meio aos fãs ou até mesmo pessoas que têm contato com sua obra? Sendo assim, aproveitando tanto os trabalhos de renomados teóricos que se prestaram a estudar o fenômeno das celebridades, quanto de acadêmicos e seus esforços no debate e definição de características pertinentes à discussão, iremos edificá-la. Fazendo uso das notícias dispostas pela internet e analisando o tom de como elas narram os acontecimentos, reconstruiremos o caso de Amy Winehouse, a estrela britânica que morre, deixando milhares de seus fãs órfãos de sua obra.
II. Reconstruindo a diva decadente
A carreira começa e acaba cedo; as problemáticas pessoais e as desilusões e conflitos amorosos pelos quais passou renderam dois álbuns repletos de canções cheias de honestidade. Amy Winehouse, a menina de família judaica e nascida no subúrbio londrino, torna-se uma artista famosa por motivos que vão além de seu talento: as turnês canceladas, entrevistas sob a visível influência de álcool, overdose de drogas, o casamento rápido com um homem tão problemático quanto ela, rumores de autoflagelo, depressão, bulimia e tatuagens, provando que tudo nos ídolos, qualquer