ampliação do canal do panama
Gláucia Chaves -
Publicação: 14/02/2012 12:55 Atualização: 14/02/2012 12:59
Inicialmente pensado para ser apenas um atalho para navios que precisavam atravessar os oceanos Pacífico e Atlântico, as configurações atuais do Canal do Panamá não acompanham mais a demanda mundial. Os 82 quilômetros de extensão permitem que barcos com até 65 mil toneladas de carga passem pelo caminho, mas as empresas de frete internacional estão cada vez mais adotando mega cargueiros, embarcações com capacidade para até 300 mil toneladas – o que tem causado prejuízos ao governo panamenho, que pode faturar até US$ 100 mil por navio que usa a passagem – os barcos precisam de rebocadores (cada um custa US$ 1 mil); e cabos especiais (US$ 300, cada). O valor é pago 72 horas antes da passagem, em dinheiro. Dependendo da tonelagem da embarcação, a travessia de um único barco pode levar até 10 horas. Por isso, o canal passa por uma ampliação, com conclusão prevista para 2014.
A boa notícia é que, além de benefícios econômicos, a expansão trará ganhos ambientais, segundo uma pesquisa feita pela Universidade de Newcastle, no Reino Unido. De acordo com o estudo, conduzido pelo professor da Faculdade de Ciência Marinha e Tecnologia Paul Stott e sua equipe, permitir que navios maiores passem pelo corredor representará redução de 16% na emissão de gases poluentes produzidos pela indústria naval na atmosfera.
O engenheiro naval diz ainda que até mesmo o design dos cascos pode ajudar a preservar o meio ambiente. “A restrição do feixe (área do ponto médio do comprimento do navio, situado na parte “mais largo” da embarcação) em algumas partes da frota levou a uma forma do casco ineficiente”, justifica. “A eficiência do casco determina a resistência que o navio produz e, assim, a quantidade de combustível necessário para empurrar o navio pela água.”
No trabalho, os pesquisadores ingleses quantificaram os