Amianto
Presente em cerca de 3.000 produtos, principalmente em telhas e caixas d’águas, o amianto teve grandes aplicações até década de 90 por apresentar características de resistência, isolante, durabilidade, flexibilidade e incombustibilidade, facilidade de aplicação e, principalmente, baixo custo de produção, o amianto crisotila ainda é utilizado, em nosso país, especialmente para materiais de construção voltados para população de baixa renda, sendo o Brasil terceiro maior produtor e exportador.
No período pós-guerra, seguindo o esforço para reconstruir cidades, os europeus usaram grandes quantidades de amianto. No Brasil o amianto passou a ser utilizado em escala industrial, a partir do final dos anos 60. O uso do mineral na produção indiciou registros de doenças entre trabalhadores e acarretou em um quadro alarmante para as próximas décadas.
O uso inicial do amianto não foi avaliado pelas organizações de saúde e posterior ao uso intensivo começou oferecer riscos à saúde em maior ou menor grau quando inaladas, sendo descoberta a incidência carcinogênica para os seres humanos. É estranho, mas pode-se comparar o uso do amianto com a indústria da estética, exemplo disso é o bronzeamento artificial que está amplamente ligado à saúde, e assim como o amianto não foi analisado profundamente esse “método”, após anos descobriu-se o mal que o mesmo traz a saúde humana, infelizmente só descobrem consequências e agravos quando provas reais aparecem. Claro, que essa comparação não é análoga, pois as pessoas procuram bronzeamento para uma finalidade completamente diferente a do uso do amianto, que passou a ser uma necessidade, tanto para atender a população como para a geração de empregos.
Inicialmente para controlar o uso do amianto foi instituída a Lei 9.055/95 disciplinando a extração, industrialização, utilização, comercialização e transporte do amianto e seus derivados no Brasil, bem como das