America çatina
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O tratamento em separado da integração económica dos países em desenvolvimento obedece a três razões principais. A primeira tem a ver com o facto de quase todos os países da América Latina serem considerados PVD, estando a ser disputados para se integrarem em dois grandes agrupamentos regionais - a ALCA e a União Europeia. E o (in)sucesso desta experiência de integração poderá propagar-se a outras regiões. A segunda razão respeita ao facto de, no conjunto de países do sistema económico, os PVD representarem uma ampla maioria, o que não pode ser ignorado. A terceira razão relaciona-se com o facto de, na hipótese de virem a constituir-se três super-blocos (UE; ALCA; APEC + NICs asiáticos) o papel dos PVD no sistema comercial internacional tem de ser equacionado. Assim, faremos uma breve referência à integração dos países da África, da Ásia e da América Latina, privilegiando esta última por estar directamente relacionada com a presente dissertação. As primeiras tentativas de integração económica dos países em
desenvolvimento tiveram lugar nas décadas de 60 e 70 e foram planeadas para desencorajar as importações e estimular a industrialização, especialmente dos países da América Latina, África e Pacífico. Os PVD pretendiam, dessa forma, reduzir a sua dependência económica e política dos países industrializados. A Comunidade Económica Europeia desempenhou um papel relevante nesse movimento integracionista, na medida em que, como se referiu acima, a sua constituição e o seu sucesso desencadearam uma onda de acordos regionais nos países em desenvolvimento daquelas regiões. Além disso, a UE tem mantido laços estreitos de cooperação com a generalidade dos PVD desde a sua criação. Os países do grupo África Caraíbas e Pacífico (ACP) foram os que primeiramente beneficiaram do apoio da UE em virtude das suas ligações aos países da Comunidade que os colonizaram. Numa primeira fase o apoio da UE aos países