America latina
O ponto central e unificado da História da América Latina é a conquista e a colonização. Sua população está prestes a atingir meio bilhão de habitantes, e ainda assim, convivem com velhas ruínas, aldeias com paredes caiadas e telhados vermelhos continuamente habitados por mil anos. Alguns latino-americanos ainda cultivam milho ou mandioca em pequenos lotes escondidos entre bananeiras, preservam dos modos de vida rurais razoavelmente tradicionais. Mas, nos dias de hoje, a maioria dos latino-americanos vive em cidades barulhentas e agitadas que tornam suas sociedades bem mais urbanizadas do que as de países em desenvolvimento na Ásia e na África. Megacidades como Buenos Aires, São Paulo e Cidade do México há muito superaram a marca de dez milhões, e muitas outras capitais da região não ficam muito atrás. A América Latina é o mundo em desenvolvimento e também o ocidente, um lugar onde mais de nove entre dez pessoas falam uma língua europeia, e seguem uma religião europeia. A maioria dos católicos do mundo é latino-americana. E a América Latina tem profundas raízes nas culturas indígenas também.
Atualmente, muitos latino-americanos vivem e trabalham em circunstâncias não muito diversas das da classe média dos Estados Unidos. A semelhança parece ter crescido nos últimos anos, à medida que um governo após outro na região liberalizou suas políticas comerciais, facilitando a importação de automóveis, videocassetes e aparelhos de fax. Mas a grande maioria dos latino-americanos está longe de poder adquirir esses itens. Uma família proprietária de algum tipo de automóvel está bem acima da média, mas a grande maioria dispõe de algum acesso à TV, ainda que na casa do vizinho. Assim, muitos brasileiros, chilenos e colombianos, embora não possam ter um automóvel, vivem imersos na cultura de consumo ocidental e, noite após noite, assistem a reluzentes comerciais de TV feitos para quem pode imitar o estilo de vida da classe média norte-americana. Por essa razão,