Amebíase
Contração
A forma mais frequente de contração da doença e através da ingestão de alimentos ou água contaminada com os cistos da Entamoeba (Figura 1). Após a ingestão, no sistema digestório, estas formas dão origem a trofozoítos (forma do protozoário ativo, capaz de se reproduzir e se alimentar). Estes invadem o intestino grosso, se alimentando de detritos e bactérias ali presentes, causando sintomas intensos, como diarreia sanguinolenta ou com muco e calafrios. Os trofozoítos, por meio de sucessivas divisões, podem dar origem a novos cistos, sendo liberados pelas fezes e dando continuidade ao ciclo de infecções. Podem, também, invadir outros tecidos, via circulação sanguínea, alimentam-se das hemácias ali presentes, provocando abscessos no fígado, pulmões ou cérebro.
Figura 1: Ciclo de vida do protozoário Entamoeba histolytica.
Sintomas
Sintomas leves da amebíase incluem:
Cólicas abdominais
Evacuação de 3 a 8 fezes semiformadas por dia
Evacuação de fezes pastosas com muco e sangue ocasional
Fadiga
Gases em excesso
Dor retal durante evacuação (tenesmo)
Perda de peso involuntária
Sintomas graves da amebíase:
Sensibilidade abdominal
Evacuação de fezes líquidas, às vezes com sangue
Evacuação de 10 a 20 fezes por dia
Febre
Vômitos
Diagnóstico
O modo mais comum de se diagnosticar a infecção é por meio dos sintomas, porém há outros modos, cujos resultados são mais detalhados e específicos, feitos em laboratório. O exame de fezes detecta o parasita com alguma facilidade. A forma mais invasiva depende do que os profissionais chamam de exames de imagem (tomografia computadorizada, ecografia ou ressonância magnética). Algumas vezes para confirmação diagnóstica, além do exame de imagem os médicos usam agulhas finas para puncionar os abscessos. Nas formas mais invasivas, quando o diagnóstico não for possível por identificação do cisto, utiliza-se exames de sangue para a detecção da presença de anticorpos contra o parasita.