Ambiente dos negócios no Brasil
A consequência é, por um lado, vermos surgir figuras secundárias ou partidos mais extremistas em lugares de relevo, como Peppe Grillo, em Itália, ou o Syriza, na Grécia. Ou, por outro, a dispersão de votos por várias forças partidárias, ao contrário da habitual e comum bipolarização, como parece estar a suceder em Espanha.
As últimas sondagens reveladas mostram que os espanhóis dão menos de 60% à soma dos dois principais partidos que, tal como em Portugal, têm alternado no poder e se dispersam por outras forças políticas. Consequência das medidas de austeridade, sim, de algum regionalismo também, mas sem excluir o peso das suspeitas de corrupção que se abatem sobre várias personalidades, entre elas o atual chefe do Governo, Mariano Rajoy.
Em Portugal, esta dispersão de votantes ainda não está provada. As sondagens continuam a apontar para duas grandes forças partidárias (uma sobe quando a outra desce) e os mesmos números residuais para os restantes partidos. Mas depois dos acontecimentos surreais da última semana, e das notícias de investigações a muitos políticos, os eleitores podem manifestar o seu descontentamento nas próximas eleições. É preciso não esquecer o número de votos conseguido por José Manuel Coelho nas últimas eleições, assim como o peso que os movimentos apartidários parecem estar a ganhar.
No fim desta crise podemos vir a ter um novo quadro de equilíbrios partidários em toda a Europa, com o que isso pode trazer de bom, mas também de perigoso.