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A maior objeção que se faz à constante e pesada ênfase da Sociedade Torre de Vigia a um “escravo” organizacional em cumprimento da parábola de Cristo, é que ela rouba muito da força da parábola. Perde se a verdadeira lição e a parábola só servem a um objetivo principal, ser escora de apoio ao exercício da autoridade religiosa por parte do pequeno grupo de homens que constitui o Corpo Governante.
Em si, nada há de errado em descrever como uma “classe” os cristãos que cumprem em suas vidas as coisas que Jesus ensinou na sua parábola do escravo fiel e discreto. Uma “classe” pode referir-se a um grande número de pessoas que têm características similares, que partilham de qualidades similares, ou guardam certos princípios em comum, ou que se empenham num proceder semelhante de vida. Isto, porém, não exige que façam parte de algum grupo ou sistema estruturado ou se prendam a ele. Eles são dessa “classe” por causa do que são como pessoas, não porque pertencem a certa organização ou estão em sua lista de membros. O termo é muitas vezes usado, por exemplo, para referir -se às pessoas que partilham a mesma condição econômica ou social (a “classe rica”, ou a “classe instruída”, ou a “classe dos desprivilegiados”, e assim por diante) independentemente de elas serem filiadas a qualquer organização ou não. Neste sentido todos os cristãos estão na mesma “classe”. Todos têm de partilhar certas características identificadoras, apoiar crenças e princípios em comum, seguir um proceder de vida similar, estar sujeitos à mesma liderança. As pessoas que manifestam uma mesma qualidade sempre se associam, busc am umas às outras motivadas por um ponto de vista ou aspiração comum, ou em virtude de padrões mútuos. De modo similar, os cristãos têm de buscar uns aos outros por essas razões e por causa do amor mútuo. Mas permanece o fato de que, por terem essas qualid ades como indivíduos, é que existe entre eles semelhança e afinidade, não por serem membros de