Além do princípio de prazer. Tópicos cap. I ao VII
I.
Em psicanálise, relacionamos prazer e desprazer com a quantidade de excitação presente na vida psíquica.
Freud analisa o princípio de prazer do ponto de vista econômico, relacionando ao princípio de constância que coloca que essa excitação não está presa (energia que flui livre), sendo que a diminuição da quantidade de excitação gera o prazer, e tudo que lhe for aumentar será contrário ao funcionamento do aparelho psíquico, tido como desprazeroso. Diminuição Prazer; Aumento Desprazer.
Sabemos que o princípio de prazer corresponde a um modo de funcionamento primitivo do aparelho psíquico que denominamos primário.
Freud fala que o princípio do prazer desde o início revela-se ineficaz ao organismo se impor ao ambiente. As pulsões de autoconvervação do Eu conseguem substituir o princípio de prazer pelo princípio de realidade. O princípio de realidade não abandona o prazer final, mas impõe a postergação do prazer imediato. Porém, é o princípio de prazer que continua sendo o modo de trabalhar próprio das pulsões sexuais que são pouco educáveis, sendo que a partir delas, o princípio de prazer consegue sobrepor-se ao do princípio da realidade, lesionando o organismo inteiro. Essa substituição que ocorre não responde por todas as experiências de desprazer, só é responsável por uma parte dessas vivências.
II.
..Estado psíquico que se segue após graves choques mecânicos, colisões de trens e outros acidentes que envolvem risco de vida: “neurose traumática”
Freud coloca que os sintomas da neurose traumática são similares da histeria principalmente no intenso sofrimento subjetivo. Procurou uma compreensão da neurose de guerra e das neuroses traumáticas em tempo de paz pontuando dois traços: o primeiro seria o fator surpresa, susto, e o segundo que um ferimento impede o aparecimento da neurose, e ressalta que o medo não pode provocar uma neurose traumática, pois há algo que protege contra o susto, e contra a