Alváro Moreira
Álvaro Maria da Soledade da Fonseca Vellinho Rodrigues Moreyra da Silva nasceu em Porto Alegre em 23 de novembro de 1888 e morreu no Rio de Janeiro dia 12 de setembro de 1964. Sua primeira publicação foi um livro de poesia, Degenerada, em 1909. A escrita sempre foi sua função primordial: bacharel em Ciências e Letras no Colégio Nossa Senhora da Conceição, em São Leopoldo no Rio Grande do Sul, em 1907. Moreyra sai do Sul em 1910, vai estudar no Rio de Janeiro, mas desde então colaborava para os jornais gaúchos Petit Journal, Jornal da Manhã e Correio do Povo.
No Rio de Janeiro consagrou-se como escritor, poeta, jornalista, cronista dirigente e fundador de revistas. Colaborou com as revistas Fon-Fon e dirigiu as revistas Para Todos, Dom Casmurro, O Malho, e Ilustração Brasileira. Como jornalista escreveu, Bahia Ilustrada, A Hora, Boa Nova, Ilustração Brasileira, Dom Casmurro, Diretrizes e Para Todos. Já nas décadas de 1910 a 1930 publicou os livros de crônicas Um Sorriso para Tudo e Tempo Perdido, entre outros. Entre 1924 a 1958 publicou várias obras, entre as quais Cocaína e Havia uma Oliveira no Jardim. Em 1937 criou a Companhia de Arte Dramática Álvaro Moreyra com sua primeira mulher Eugênia Moreyra. Em 1939, foi preso por motivos políticos, durante o governo de Getúlio Vargas. Entre 1942 e 1951 trabalhou como apresentador de crônicas, na Rádio Cruzeiro do Sul, e dos programas Folhas Mortas e Conversa em Família, na Rádio Globo, no Rio de Janeiro. Em 1959 foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras.
Sua obra poética inclui os livros Casa Desmoronada (1909), Elegia da Bruma (1910), Legenda da Luz e da Vida (1911), Lenda das Rosas (1916), Circo (1929) e o póstumo Cada um Carrega o seu Deserto (1994).
Interessa-nos compreender como se dão as relações de amizade do escritor Álvaro Moreyra e seus amigos poetas. Formaram o grupo dos Sete, mantinham relações estreitas com encontros seguidos, se escreviam, publicavam em revistas. Viviam num