republica velha
Delfim Moreira da Costa Ribeiro era vice-presidente do Brasil no mandato de Rodrigues Alves, que acabou se tornando uma vítima da Gripe Espanhola no momento de sua eleição, em 1918, e nem chegou a assumir o cargo de presidência.
Delfim Moreira nasceu em 7 de novembro de 1868, em Minas Gerais, e estudou na Faculdade de Direito de São Paulo. Tornou-se o 10º presidente brasileiro em 15 de novembro de 1918, depois de uma larga experiência na política: de 1894 a 1902, fora deputado estadual de Minas Gerais, chegando a assumir o cargo de Secretário do Interior do estado no governo de Francisco Antônio Salles; e de 1914 a 1918, chegou a ser presidente de Minas Gerais, que na atualidade exerceria as mesmas funções que um governador.
Entretanto, seu governo seria curto pois a Constituição previa que, quando o presidente renunciasse ou morresse antes da metade de seu mandato, o vice assumiria de forma provisória enquanto novas eleições eram organizadas.
Apesar de ficar a frente do Brasil apenas até 28 de julho de 1919, Delfim Moreira assumiu um país com muitos problemas sociais relacionados às greves e deixou o país cerca de dois meses antes nas mãos do titular da pasta de Viação, Afrânio de Melo Franco, pois o presidente sofria de uma doença grave que atrapalhava sua concentração e impedia de exercer seu cargo com eficiência. Tal doença culminaria em sua morte, um ano depois, em 1 de julho de 1920.
Em seu governo, denominado de regência republicana, Delfim Moreira administrou a reforma do território do Acre, manteve o país presente na Conferência da Paz em Paris, corrigiu o texto do Código Civil brasileiro de 1916, ordenou o fechamento dos sindicatos da então capital brasileira Rio de Janeiro e decretou intervenção no estado de Goiás.
Epitácio Pessoa, enviado como representante da Conferência da Paz que simbolizou o fim da Primeira Guerra Mundial, assume a presidência do Brasil em julho de 1919, porém Delfim Moreira permanece na vice-presidência