Alvarez de azevedo
Por ter o pessimismo como âncora de seus poemas, foi considerado o responsável pelo “mal do século”, caracterizado pelo sentimento melancólico e pelo desencanto
Durante o curso de Direito, traduz o quinto ato de Otelo, de Shakespeare; traduz Parisina, de Lord Byron; funda a revista da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano (1849); faz parte da Sociedade Epicureia; inicia o poema épico O Conde Lopo, do qual só restaram fragmentos.
Inspirado pela literatura de Lord Byron e Musset, Álvares de Azevedo impregnou suas poesias com ares sarcásticos e irônicos e com idéias de autodestruição, morte, dor e de uma visão de amor irreal e idealizado por donzelas virgens
Em 1851, a idéia de que a morte era certeira em sua vida, começou a escrever cartas à mãe, à irmã e aos amigos certificando-os do seu inevitável destino.
Em alguns poemas, Álvares de Azevedo surpreende o leitor, pois além de poeta triste e sofredor, mostra-se irônico e com um grande senso de humor, como no trecho do poema "Lagartixa": "A lagartixa ao sol ardente vive,/ E fazendo verão o corpo espicha:/ O clarão de teus olhos me dá vida,/ Tu és o sol e eu sou a lagartixa".
Álvares de Azevedo encara a morte como solução de sua crise e de suas dores, como expressou no seu famoso poema "Se eu morresse amanhã": "Se eu morresse amanhã, viria ao menos/ Fechar meus olhos minha triste irmã;/ Minha mãe de saudades morreria/ Se eu morresse